O CineMaterna nasceu para dar conta da vontade de um grupo de mães de sair casa nos primeiros meses com o bebê. Três anos depois, o projeto já invadiu 14 cidades.
Quando as amigas Irene Nagashima, Alexandra Swerts e Taís Viana sentavam para tomar aquele cafezinho gostoso na porta da sessão do cinema, um assunto nunca saía da pauta: os filhos. Mas um outro vinha logo em seguida: “Como poderíamos trabalhar juntas?”. Apesar de a lista de muitas opções, nem imaginavam que a tal “ação incrível” estava bem ali na cara delas. Ou melhor, no escuro da sala ali ao lado. Assim nasceu o CineMaterna, em fevereiro de 2008, com sessões de cinema para mães de bebês até 18 meses, e que hoje está em dez estados brasileiros e 14 cidades. Em três anos, passaram do improviso de invadir o cinema com os filhos no colo à contratação de serviços de “valet de carrinhos” nas sessões do Shopping Iguatemi, de São Paulo. O tamanho que o projeto atingiu não fez parte da previsão delas, mas todas estão adorando. Como uma mãe que acompanha as mudanças de fase de um filho pequeno, as três são obrigadas a se adaptar o tempo todo.
Até as três fundarem o projeto como ONG, em agosto de 2008, o programa semanal com bebês se manteve, com audiência variada. Acontecia em um cinema na região central de SP e, logo após algumas reportagens publicadas sobre a iniciativa, outras mães começaram a aparecer.
no Brasil todo são 90 voluntárias que recebem as mães, e cuidam dos detalhes da infraestrutura como parâmetros de luz, som e ar-condicionado, e se está tudo certo com os trocadores (que acompanham creme, fralda e etc), ou os tapetes de atividades com brinquedos, que ficam à frente às telonas. As voluntárias são praticamente todas mães, o que é um dos diferenciais em relação a iniciativas semelhantes no exterior, como nos Estados Unidos, Canadá e México, bem como a escolha dos filmes por votação após cadastro no site CineMaterna.
By Revistra Crescer – 212 – Julho 2013
Palavra da autora
Eu conheci o CineMaterna depois que minha mais velha já tinha nascido. Em 2008 ela não tinha mais a idade para frequentar as sessões comigo, mas logo de cara achei uma ideia fantástica.
Quando a gente se torna mãe, mal sai de casa e vida social vira meio que utopia na vida da gente. O CineMaterna ajuda as mamães a sairem um pouco desse mundinho estressante e espairecer a mente com toda a tranquilidade de que haverá estrutura para poder cuidar dos bebês enquanto elas se divertem. Muito mais do que uma ideia brilhante para ganhar dinheiro, esta se tornou (em minha opinião) uma grande ideia para salvar a rotina das mães e cuidar um pouco de seu emocional, pois não é raro ver mulheres em depressão nessa fase de suas vidas, porque não há muitas opções de lugares para se divertir com um bebê à tiracolo. Já vi muitos casamentos entrarem em crise, porque a mãe passou a ficar agressiva, estressada e deprimida por não conseguir extravasar adequadamente o que a falta de convívio social faz em seu emocional – e é normal- dentro do primeiro ano de do bebê.
Eu realmente recomendo esta ideia como forma de diversão terapêutica. Lá é possível conhecer outras mães, trocar ideias, jogar conversa fora e tirar até dúvidas sobre certas coisinhas do dia a dia da vida de mãe. Uma verdadeira injeção de ânimo para quando você chega naquele ponto em que pensa: “Vou enlouquecer”. Que nada! Pegue seu bebê, veja quando tem a próxima sessão do CineMaterna, e cai dentro, hehehe.
3 thoughts on “Cineminha a dois: você e seu bebê!”
Pri Lkt
Achei legal eim, essa harmonização de mamães e bebês muito bom 🙂
damarischabuder
geralmente quais são os filmes em cartaz?
gabrielabn
Então Damaris, depois de se cadastrar no site do CineMaterna, as próprias frequentadoras escolhem os filmes por votação. São lançadas as opções e o que tiver maior número de aceitação é o filme escolhido para ser colocado em cartaz.