Morar em Nova York é uma maravilha. Eu amo, se pudesse, não voltava nunca mais. Como diz a música American Jesus da banda Bad Religion:
I feel sorry for the earth’s population
‘Cuz so few live in the U.S.A.
At least the foreigners can copy our morality
They can visit but they cannot stayTradução:
Eu sinto pela população da terra
Porque tão poucos vivem nos EUA
Pelo menos os estrangeiros podem copiar nossa moral
Ele podem visitar, mas não podem ficar
No entanto, a gente sente um certo tipo de preconceito sim! A mulher brasileira é considerada uma das mais quentes do mundo. Fale para os carinhas que você é do Brasil, eles ficam doidos, imaginando que vamos fazer um carnaval com eles na cama. Somos consideradas as mais bonitas, ou pelo menos, com o melhor corpo, porque temos bumbum. Acredite, a maioria das mulheres do resto mundo (tirando as africanas) não tem curvas na parte trazeira. Também somos conhecidas por sermos muito preocupadas com a aparência. Outro dia meu professor de inglês perguntou porque a brasileira é tão vaidosa, disse que não estava certa da minha resposta, mas devia ser pelo calor, pois a maior parte do tempo usamos pouca roupa, por conta da nosso clima tropical. Aqui em Nova York faz no máximo dois meses de calosr. Ontem mesmo em plena primavera, saí de casaco, posi estava meio frio. Ou seja, com muita roupa é mais fácil esconder imprefeições.
Outro dia estava conversando com uma amiga italiana, minha roommate! Ela afirmou que os homens no Brasil são feios, as mulhere ok, mas os homens são feios. As mulheres são ok mesmo, até porque, se entrarmos no site Models.com, por exemplo, veremos que as modelos mais bonitas do ano são, em ordem da menos bonita para a mais bonita:
Quatro brasileiras na lista e nenhuma italiana! E se pensarmos nas modelos do passado, nas que viraram ícones, nas mais fomosas… o mesmo site elege as principais modelos de todos os tempos, e não são dez, são sete! Dessa vez em ordem alfabética:
Duas brasileiras! Cadê as italianas?
Voltando aos homens, nosso país é composto, em sua maioria por imigrantes, pois poucos são 100% brasileiros, descendentes puro dos indigenas. Somos a maioria das vezes descendentes de portugueses, africanos, italianos, espanhois, franceses, japoneses, sírio-libaneses e alemães. Principalmente no sul e no sudeste, o número de descendentes de italianos é muito grande, por isso, esse pre-julgamento de minha amiga, não faz muito sentido. Pois temos praticamente a mesma etnia dela nesses estados. Seu pensamento limitado e sem informação é só uma avalanche de preconceito, daqueles bem característicose meio burros.
Mas o preconceito dela não pára por aí. Quando soube que meu namorado era turco e que um indiano, que nem teve nada comigo, me pediu de namoro soltou –você deveria desistir desses homens estranhos e arrumar um normal. E daí perguntei o que seria normal, ela explicou -um europeu! E eu lembrei que os turcos são meio europeus, meio asiáticos. Ela retrucou: –mas de um país normal. Eu quis saber o que era um país normal, e ela exemplificou: Franca, Inglaterra, Espanha e Itália. Isso mesmo! O preconceito é tanto, que outro dia falei que em minha sala de inglês tinha uma polonesa e outra russa, e ela fez careta e disse gente estranha. Ontem contei para a mesma amiga italiana de um colega do curso de inglês de Máli, na África. Ele é mulçumano, e pela religião, pode-se casar com quatro esposa. Mas ele não deseja tudo isso, quer apenas duas e 25 filhos. Ela ficou chocada! Eu fiquei chocada com o número de crianças, ela com o de esposas! Expliquei que isso era normal, que meu namorado turco contou que era normal no país dele famílias grandes, ainda que o multiplo casamento não seja visto com bons olhos. Na hora ela soltou. Esse seu curso de inglês dá muita gente estranha porque é barato! Como se fosse barato viver aqui em Nova York! Ainda bem que me contou isso sobre os turcos, não vou querer conhecer o amigo do seu namorado. O amigo do meu namorado estava interessado em conhecê-la, tinha achado-a bonita na foto que postei outro dia no Face Book.
Fiquei passada, sem ter o que falar de tudo isso, porque para mim, esse tipo de preconceito sempre foi muito feio. Ela tem também precoceito contra mim obviamente, sou brasileira, mas vive me chanado para fazer as coisas com ela, por pura falta de opção, pois sou a sua única amiga aqui em Nova York.
13 thoughts on “O preconceito que a gente vê”
Priscila
É ridículo em pleno século XXI, mas as maioria das pessoas não são como você.Isso existe dentro do próprio Brasil, como exemplo a rixa entre os estados brasileiros.E os italianos em geral são ótimas pessoas e existem muitas italianas bonitas!!
Debora Wolf
Com certeza existem muitas italianas lindas, ela é linda! Mas estou falando que no mundo da moda elas não estão no topo! Ela é bacana, mas bem preconceituosa!
Debora Wolf
Eu sou descendente de italiano! Minha avo italiana era a melhor pessoa que conheci no mundo! Mas estou falando dela amiga! Ela vive falando que sou preta! Outro dia comprei um iluminador, maquiagem, e ela disse que era muito preta para ele! Sendo que na embalagem estava escrito para todos tons de pele! Comprei também um pó bronzeante, ela ficou incomodada! Vc já é preta não precisa! E fez o mesmo tipo de comentário quando comprei uma base bronzeante para as pernas!
Priscila
Isso talvez seja uma pitadinha de inveja, porque ela acha que você não precisa abusar desses artifícios!kkkkk
Debora Wolf
Pode ser, pq ela vive querendo se bronzear e eu fui até com ela no Central Park para isso, mas fiquei na sombra! Sol é um veneno
Priscila
Muitos italianos adoram estar bronzeados.Um pouco de sol não faz mal, é essencial.Eu inclusive estou com falta de vitamina D no organismo, porque não tomo sol, o sol acelera o processo de fabricação da vitamina D.Descobri que muitas pessoas tem falta desta vitamina, característico de quem vive em lugares fechados na maior parte do dia.Um beijo!
Debora Wolf
Com certeza, mas o sol da manha, e diariamente! Não se estatelar na praia de vez enquanto!
cecilia
que ruim né
Priscila
Verdade Debbie, já era isso de torrar no sol!!beijos meninas! 😉
Kleber Srbek
Encontrei o seu blog ao procurar dicas do que fazer em NY(irei em Agosto), e foi um achado. O seu texto é delicioso e muito divertido, mesmo falando de uma assunto polemico, como o preconceito. Sua amiga é uma tonta, não sabe o que perde. E vc, é muito evoluida espiritualmente por não ter preconceito dela…rsrsrsr Continue nos alegrando com os seus textos. Gd abraço!
Debora Wolf
Valeu!
Van
Ah Débora, sei bem como é isso. Lembro que quando namorei um grego, saímos uma vez de casal. O amigo dele grego, com a namorada Italiana. Ela perguntou: No Brasil, se fala espanhol? Ah não, brazilian né?
Eu Nordestina, “sangue nos ois”, respondi: Não, japonês! As vezes Alemão e até Mandarim! Ela arregalou os olhos, com cara de idiota. Meu namorado respondeu: você é muito estúpida! Lá se fala português, pois foram os portugueses os colonizadores do Brasil.
Duas semanas depois, meu namorado me pergunta: vc não tem uma amiga brasileira para apresentar para aquele meu amigo não?
Kkkkk….
Debora Wolf
Hahahha engraçado!