O meu terceiro backstage, no New York Fashion Week, na Hosfelt Gallery, em Midtown. A galeria parece meio abandonada, no final da rua 36, sentido west. Na verdade, preferi muito mais ir aos desfiles em galerias do que na locação principal da semana de moda, que é o Lincon Center.
O desfile era do estilista Dion Lee. Lee é um jovem estilista australiano que apresentou sua coleção pela terceira vez pelas bandas de ca. A inspiração da coleção primavera verão 2015 foi o artista australiano Jeffrey Smart. Segue um trabalho do artista australiano.
Muitas linhas retas… acho que sim, tem a ver com a coleção de Dion Lee. Aliás, é legal quando, o estilista, mesmo erradicado noutro lugar, ainda busca referências em suas raízes. A coleção contava com coletes refletores, detalhes feito com o material de cinto de segurança, mesmo trabalhando com um material tão pesado, o estilista conseguiu criar leveza em alguns looks.
Me apaixonei por esse vestido amarelo! Pessoalmente ele era mais fluor, as linhas retas são um charme. Queria muito ter ajudado essa modelo, pois poderia mexer livremente na peça.
Mais uma vez as modelos estavam com pouca maquiagem, os cabelos penteados para trás com muito mousse. O estilista optou por colocar os cabelos dentro das roupas, para não perder nenhum detalhe de suas criações. O que achei bem pensado, pois há muitos recortes, linhas retas e detalhes na maioria de suas peças.
As modelos nem parecem maquiadas. Nada de rímel…
As unhas do desfile eram praticamente lisas, só com um detalhe prateado no canto…
Apaixonei-me pelos vestidos dourados com corretes. Infelizmente as fotos não condizem com a realidade pessoalmente. Todos lindos, nada básicos e com marcação na cintura, o que é um plus.
Também fiquei encantada com as peças azuis, cor da tampa da Bic. Amo essa cor, o corte do estilista é um espetáculo a parte, quando cheguei ao backstage fiquei de fato bem encantada com o que via. Esse último look, onda a manga tem um recorte com zíper, e o zíper fica aberto, pode entrar na tag #trendalert, vi muitas mangas assim.
Vesti uma modelo asiática. O nome dela era meio atípico, por isso, não consegui decorar, sorry. Existe uma tendência muito grande em se colocar modelos asiáticas, pois ninguém quer deixar de agradar os consumidores chineses, um mercado muito legal, vocês imaginam quantos consumidores existem na China? Infelizmente a modelos desfilou com uma roupa bem complicada para o primeiro look, uma espécie de blazer e saia. A parte e cima, por conta de tantos recortes ficam meio complicadas de vestir. Há muitos detalhes escondidos, como botões embutidos e laços. O resultado é uma roupa clean e bem fluída, que ficou linda na foto. O segundo look era bem mais simples, uma saia com a barra não simétrica e uma estampa que lembrava uma pintura. A jaqueta de couro, também tem as aberturas na manga, que citei acima.
Pesquisando na internet, achei um site onde se podem encomendar as peças do desfile, mas só chegam o ano que vem. Vamos ver de quanto estamos falando?
Acho que juntando todas as peças que vesti nesse desfile, dava quase o preço do meu carro. Algumas pessoas podem franzir o nariz e dizer – poliéster a peço de ouro. Mas depois de conhecer peças de designers de verdade, peças de qualidade, bem desenhadas e recortadas, as roupas de magazines tornam-se bem sem graça.