Lembra da polemica envolvendo Jennifer Aniston? A revista de fofoca americana In Touch publicou que a atriz estaria gravida. Na capa e recheio do periódico uma série de fotos da barriga e suposta gravides de Jen. Não demorou muito e Jennifer Aniston respondeu que não estava gravida, mas não só isso, registrou sua insatisfação com a mídia que inventa coisas e cobra que tenha um corpo perfeito ou pelo menos uma gestação.
Numa carta aberta publicada no site do Huffington Post, a artista afirmou que não gosta da forma como as mulheres são propagadas em determinados meios de comunicação que são obcecados pela sua vida.
“Para que fique registado, eu não estou grávida. Estou é farta. Estou farta da podridão e vergonha criadas e que se disfarçam de ‘jornalismo’ e ‘notícias de celebridades’. A objetificação podre às quais as mulheres são submetidas é perturbadora é um absurdo. A maneira como sou retratada pela média é simplesmente um reflexo de como vemos e retratamos as mulheres em geral, medidas por algum padrão distorcido de beleza. Usamos isso para perpetuar essa visão desumana do sexo feminino, focando apenas na aparência física, que faz com que os tabloides transformem num circo de especulações. ‘Ela está grávida?’. ‘Ela está a comendo demais?’. ‘O casamento está por um fio porque as câmaras apanharam alguma imperfeição física?’. Sim, eu posso ser mãe algum dia e, se isso acontecer, vocês saberão. Mas não estou à procura da maternidade porque me sinto incompleta de alguma forma, como a nossa cultura de notícias faz com que acreditemos. Ofendo-me quando me consideram inferior apenas porque o meu corpo mudou, e só comi um hambúrguer no almoço e fui fotografada de um ângulo estranho. Aí já sou apontada como ‘gorda’ ou ‘ grávida’. Isso sem mencionar a dolorosa vergonha de receber os parabéns de amigos, colegas de trabalho por uma gravidez fictícia (dezenas de vezes em um único dia)”.
Não vou entrar na temática machista que a sociedade espera da mulher um corpo de sereia, enquanto os homens são baleia. Mas sim na temática do glúten. Jennifer afirmou que comeu um hambúrguer, por isso sua barriga estava maior. Hambúrgueres são em geral acompanhados de pão, pão comumente tem glúten e muitas pessoas tem um tipo de intolerância a glúten que as fazem inchar. Se você é gordinha talvez não perceba o crescimento da barriga, mas se você não tem muita gordura na região abdominal, uma porção pequena de glúten pode ser capaz de te deixar com uma aparecia de gestante. Falo por experiência própria. Veja duas fotos minha da mesma época, mesmo peso, ambas após o almoço, só uma barriga que cresceu consideravelmente após comer um prato com glúten.
Daí minhas amigas falam “você está exagerando, as vezes pode!” Claro que pode, mas eu tenho que ter ciência que vou estragar uma dieta de meses, que vou ter barriga e que para perde-la, não é tão simples como pedir comida no aplicativo de deliveries, vou ter que manter a dieta sem glúten novamente, com pouca quantidade de carboidrato e malhar. Não tem feitiçaria! Claro que existem pessoas que comem glúten e não incham, que comem carboidrato em excesso e não engordam, mas infelizmente isso não é o meu caso.
Algumas pessoas dizem que comer sem glúten é modismo, que sempre achamos um vilão da saúde. Mas é só pensar que a ciência evoluí e há não muito tempo, cigarro não era considerado ruim para saúde. No meu caso, vide as fotos acima, fiquei bastante surpresa com o tamanho da minha barriga após uma refeição ruim. Claro que é difícil comer 100% sem glúten, vira e mexe eu dou uma escorregada, mas cada vez mais a minha dieta faz parte da minha vida e é a forma que me sinto bem. Por exemplo, hoje em dia se como fritura, acho super indigesto, assim como alimentos pesados com glúten. O sabor é uma delícia, mas a digestão é um horror. Claro que quem não faz uma alimentação saudável não sabe do que estou falando, no entanto, após algum tempo, comer saudavel se torna natural. Desde os 13 anos, quando decidi ser vegetariana, comecei a cuidar da minha saúde, então o que para a maioria é um sacrificio, para mim é o normal.
Quem mora em Nova York, deve conhecer algumas marcas que produzem alimentos industrializados sem glúten vou relembrar 3 marcas.
Van’s – Sempre tenho esses waffles no congelador, fáceis de fazer, ótimo para café da manhã. Os ingredientes são bem interessantes e o waffle é pequeno, então comendo somente um, tenho uma boa porção de carb. Sempre combino com um alimento com fibras, como chia, amanranto, semente de maconha ou quinoa em flocos, para diminuir o índice glicemico. Além dos waffes, a marca tem panqueca (estilo americano), bolacha, macarrão pronto, cereais e torradas francesas.
Red Mill – Meu favorito é a aveia sem glúten. Amo banana com aveia, sei que é uma bomba de carboidrato, mas as vezes dá muita vontade e não resisto. Também já comprei a massa para panqueca, não tem gosto da nossa panqueca, por isso achei que é estilo panqueca americana, o que pode ser frustrante! Uma vez comprei uma granola da marca, foi a única vez, e tinha uma larva dentro viva, por sorte eu vi o bicho antes de abrir o pacote, retornei e avisei a marca. Red Mill tem em todo mercado, grocery ou deli. É uma marca muito famosa. Já vi empresas no Brasil vendendo como produto premium. Não é uma marca que tem só produto sem glúten, por isso, leia a embalagem.
Udi’s – Ainda não experimentei esses pratos prontos, não sou muito a favor pois tento comer o mais natural possível. O pão de hambúrguer é uma delícia, assim como as crostas de pizza e o pão de forma. Quero muito achar o pão francês, mas ele não é muito pop aqui. O americano come mais bagel no café da manhã. Bagel é aquele pão com um furo no meio, acho pesado. Tem da Udi’s, mas nunca provei. Essa marca fica geralmente na parte dos congelados. Tem no Whole Foods, na Target e nos mercadinhos locais. Já comprei em alguns. Não é uma marca vegetariana, por isso leia os ingredientes.
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Outro dia uma garota entrou aqui e falou de “mulher complexada que não gosta do corpo precisa urgentemente de um psicólogo…. Não sou neurótica com alimentação. Ou seja, sou feliz porque não preciso viver escrava do corpo.”
E daí logo pensei “como tenho uma visão completamente oposta dessa leitora!” Quando estava com baixo –autoestima, num relacionamento péssimo, achando que tinha que aceitar tudo se não ficaria o resto da vida sozinha, eu engordei 30kg. Quando me livrei do relacionamento sem fazer dieta, perdi 10kg. Porque quando estava mal, o único prazer que tinha na vida era comer. E cá entre nós, comer é o prazer mais fácil e um dos mais deliciosos da vida. Não consigo pensar em algo mais gostoso de morango com chocolate. Mas o açúcar, que contem no chocolate ao leite, por exemplo é muito nocivo a nossa saúde. Aliás, quase tudo que é delicioso tem açúcar, e açúcar engorda! Tá, tudo bem isso não é novidade para ninguém, mas o açúcar pode dar câncer ou estimular o aumento das celular tumorais, para quem já tem câncer. O açúcar agrava crises de enxaqueca, o açúcar dá diabetes e hipoglicemia, o açúcar dá estrias, rugas e celulite. Então eu acho que quem precisa fazer um tratamento psicológico no caso não é a pessoa que se preocupa com a saúde e faz uma dieta equilibrada, para mim quem precisa fazer tratamento é quem não coloca a saúde em primeiro lugar. Quem come compulsivamente alimentos que prejudicam a saúde somente porque “se amam gordinha”. Ter autoestima é ótimo, mas se achar linda quando está doente é perigoso. No meu pico da gordice meu IMC chegou a quase 30, o que já é considerado obesidade. Na época fiz um ultrassom e descobri que estava com gordura no fígado. Gordura no fígado causa cirrose e cirrose causa câncer. Não me achava feia gorda, tanto que tenho várias fotos minhas que compartilhava num site de look do dia, no entanto não vejo mal algum em querer definir o corpo. Querer definir o corpo não significa que esteja insatisfeita com seu corpo atual, só quer dizer que você quer testar outros horizontes. No meu processo de emagrecimento pesei 58kg, me achei muito magra e tornei a engordar. A gente tem o direito de descobrir como se acha mais bonita e ter o controle disso é muito bom. Nunca estive tão feliz na vida. E para a moça que me escreveu, digo que comer em excesso sempre foi considerado ruim, hoje em dia se aceita, o que acho bom, porque a pessoa tem direito de querer ser como quiser e ter a saúde que achar que estiver bom. Mas para os cristãos comer em excesso, o que chamam de gula, é um pecado capital. E eles explicam de uma forma interessante. A gula está relacionada com o egoísmo humano de querer adquirir sempre mais e mais, não se contentando com o que já tem, uma forma de cobiça. No Sri Upadesamrta I de Rupa Goswami (1489–1564) tem uma passagem assim ” Uma pessoa sóbria e auto controlada que poode subjulgar o ímpeto de falar, a agitação da mente, da ira, a veemência da língua, as exigências do estomago e a agitação dos genitais, pode instruir o mundo inteiro. Em outras palavras, todas as pessoas podem tornar-se discípulos de uma pessoa auto controlada assim. ” Em outras palavras, comer em demasia, não é bom. Não fomos criados para comer Mcdonalds e essa infinidade de porcarias que existem no mercado, fomos criados para comer comida de verdade. Ter uma alimentação saudável, se exercitar, não beber bebidas alcoolicas, não usar drogas, dormir cedo e acordar cedo são hábitos benéficos que nos deixam com mais energia, feliz e com mais bem-estar.