Sabe uma coisa que nunca curti? Churrasco no final de semana. Pode me chamar de antissocial, mas não gosto, não somente pela crueldade envolvida na matança dos animais, porque sim, podemos nos confraternizar sem destruir a vida do outro, mas por tudo o que envolve os churrascos.
No geral não gosto das festas ou confraternizações brasileiras, aonde na maioria das vezes envolve bicho morto, muita bebida, um cheiro terrível e azedo de cerveja e muita conversa fiada.
Não que me ache a pessoa mais intelectual do mundo, mas tenho dó dos posts “partiu sexta”, “sextou” etc, aonde sempre aparecem imagens de bebidas ou de baladas. Julgo que as pessoas que vem graça nisso são depressivas, vazias e tristes, caso precisem lidar com a abstinência do álcool. Prego e tenho uma vida mais saudável, de comida limpa e de verdade, de banho de sol (não o sol de meio dia e não para se queimar), de alegria e de conversas que nos fazem bem, no meu caso, pode ser aonde o whey está em promoção.
Outra coisa, gosto de curtir o dia. Acordo cedo, durmo por volta da meia-noite, acordo cedo de novo e gosto de fazer minhas atividades pela manhã, quando estou mais disposta. Academia, rende bem mais quando é a primeira atividade do meu dia, se vou de tarde, percebo uma canseira maior.
Amo passear com minha gata, e embora more em Nova York, aonde faz frio mais da metade do ano, amo atividades outdoor. Tudo bem vou ao shopping no inverno, quase todo final de semana, vou a restaurantes embora evito muito pois não sei me controlar e não demora muito para ver minha cintura inflar. Eu sou da turma natureba, eu sou a garota da academia. E embora malhar para mim seja como uma terapia, não psicológica, mas tipo fisioterapia contra a obesidade, sinto que sou mais feliz com a academia (que é um sacrifício para mim) do que com minha calça subindo de número. Talvez eu só esteja ficando velha, mas é assim que velo a vida.
As vezes escuto “não consigo fazer dieta porque tenho que…” “…sair”, “…receber amigos”, “…namorar”, “…encontrar a família”. E eu sempre olho no fundo dos olhos dá pessoa, como vse conversasse com alma e lá dentro eu pergunto “você realmente acha que não tenho vida social?” Na verdade a vida é feita de escolhas, eu me sinto empoderada quando falo não para o chocolate, para o chips com guacamole (que eu amo) ou quando prefiro comemorar meu aniversário patinando, como fiz no ano passado, do que num restaurante. Pensar em alternativas mais saudáveis faz parte do meu dia a dia. Prefiro namorar o meu marido num parque do que num restaurante, falo isso com toda sinceridade. Amo comer uma massa bem cheia de queijos, mas depois, bate aquele arrependimento que não vale a pena. Sem dúvida a vida mais leve vale a pena, é só olhar no espelho.
E daí outro dia um primo me ligou. Primo esse que amo como se fosse meu irmão. Era 10:30h aqui em Nova York, eu havia recém chegado em casa do shopping e estava prontinha para dormir. Gato e marido na cama, era sexta-feira. Ele se espantou “já vai dormir?” E naquele momento tive certeza que aquele sentimento de “pessoa vazia e perdida” tomou conta dele. Ele estava fazendo um show em um bar de São Paulo, lá já era 23:30h e para meu primo estar deitada aquela hora era muito estranho. Eu estava feliz, fazia um frio danado e eu não estava nenhum pouco afim de enfrentar temperaturas negativas em qualquer bar la fora. E para que bar? Uma pessoa que não bebe? Uma pessoa que põe na balança tudo que come? Na hora pensei, nossa como as pessoas são diferentes e podemos ter a mesma ideia uma das outras por situações opostas.
Por isso, é bom respeitar as diferenças. Por isso é ainda melhor se relacionar com quem te completa, com quem é parecido com você. Eu e meu marido podemos falar horas sobre suplementos, comidas ricas em proteínas, mas abominamos noitada, cigarro e bebidas. Quando as vezes quero ir a um show, como estamos desacostumados a ficar acordados até tarde, sempre ficamos “morrendo”, faz parte. Um brinde a vida e a alegria de se viver cada um do seu jeito.
4 thoughts on “Respeitando as Diferenças”
angellstore
Super concordo.
anamaria buriol
Olá,não consegui ficar sem dizer alguma coisa,sobre o texto que li…tudo,mas,tudo mesmo é o que faço ou tento fazer.Me pergunto ,como temos pessoas ,tão diferentes e por vezes chatas,querendo impor sobre o que é viver…o que é aproveitar a vida!!!Respeito a vontade individual de cada pessoa,mas deixa-me ser como gosto de ser…enfim,queres saber como penso e como faço…tudo muuuuiiiito parecido com o que escrevestes .Adoro ler o que escreves…
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Debora Wolf
Obrigada Ana Maria pelo depoimento! Como a gente pode julgar a mesma coisa em situações tão diferentes, né? Ainda bem que somos diferentes é isso que faz o mundo mais bonito!
Andre
Viva e deixe viver…